Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma característica relacionada ao neurodesenvolvimento, definida por um conjunto de comportamentos atípicos que englobam, principalmente, a comunicação e a interação social.

Geralmente, os primeiros sinais do TEA aparecem entre 1 e 2 anos de idade, quando a criança começa a interagir com o mundo a sua volta, embora existam casos de pessoas diagnosticadas apenas na fase adulta.

Pesquisas recentes indicam que meninos e meninas vivenciam o TEA de formas diferentes e esse é um dos fatores que explicam a maior frequência de associações ao sexo masculino. A maior diferença está no comportamento social: as mulheres muitas vezes conseguem se adaptar e interagir socialmente, de maneira que os sinais passem despercebidos. No entanto, o esforço desses indivíduos para “camuflar” essas características pode estar relacionado a problemas psiquiátricos, como depressão e ansiedade.

Os estudos sobre TEA começaram há mais de 100 anos e, desde então, o entendimento sobre essa característica foi modificado várias vezes. Hoje, sabemos que fatores genéticos e ambientais desempenham papéis importantes. Já são conhecidos diversos genes que, quando sofrem alterações, estão associados a uma maior chance genética para o TEA.

No fim dos anos de 1990, o pesquisador britânico Andrew Wakefield publicou um artigo científico com informações falsas na revista The Lancet – uma das mais conceituadas no mundo científico – afirmando que a vacina Tríplice Viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) causava autismo. Durante muitos anos, cientistas reuniram esforços para se certificar sobre a validade dos resultados deste estudo. Não foi difícil provar que Wakefield estava errado porque, além de não ter seguido uma metodologia científica adequada para a pesquisa, o autor do artigo possuía uma patente de uma vacina concorrente, levantando a hipótese de conflito de interesse.

Infelizmente, essa fake news ainda persiste atualmente. Diversos estudos já provaram que vacinas não causam TEA. Pelo contrário: a vacinação traz diversos benefícios para a humanidade.

As pessoas que fazem parte do TEA são “neurodivergentes”, pois seu desenvolvimento neurológico ocorre de maneira diferente. Essas pessoas devem ter a inclusão e a inserção social estimulada, para que a nossa sociedade se enriqueça com essa diversidade de comportamentos e aptidões. Por ser um espectro que abrange diversas características, que podem variar entre os indivíduos, fazer o diagnóstico de TEA não é fácil, por isso, é essencial contar com profissionais da saúde especializados.

Brasil Apoio traz exame inédito no país para nossos parceiros 📢

O tolueno na urina é um exame que utiliza a tecnologia de cromatografia gasosa para fornecer resultados rápidos e confiáveis.

O tolueno é um solvente orgânico amplamente utilizado no meio industrial, especialmente na fabricação de tintas, vernizes, adesivos, solventes e gasolina.

Profissionais que trabalham em ambientes com presença de tolueno podem ser expostos por inalação, absorção cutânea ou ingestão acidental, o que pode provocar efeitos tóxicos no sistema nervoso central e, em concentrações elevadas, pode prejudicar os rins e o fígado.

Com coletas rápidas e não invasivas, o teste monitora essa exposição e ajuda a prevenir complicações. Ele está em conformidade com as novas atualizações da NR-7 e com as diretrizes da Portaria do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), sendo uma ferramenta essencial para assegurar a saúde e segurança no ambiente de trabalho.

Ao optar pelo teste de tolueno na urina do Brasil Apoio, você terá acesso a um método eficiente, confiável e rápido, a custo acessível.

Infertilidade

A infertilidade é uma condição que afeta, mundialmente, em torno de 15% dos casais em idade reprodutiva. A Organização Mundial da Saúde (OMS) esclarece que a infertilidade é uma definição dada sempre ao casal, e nunca individualmente. O casal é classificado como infértil quando está tentando engravidar há pelo menos 12 meses, sem utilizar métodos contraceptivos e tendo relações bem distribuídas ao longo do ciclo menstrual, porém não consegue obter uma gravidez de sucesso. Quando a mulher tem 35 anos ou mais, esse tempo pode ser alterado para 6 meses de tentativa.

Dentro da infertilidade conjugal, é possível investigar quais fatores poderiam estar relacionados – dentre eles, existem os fatores femininos e masculinos. Ambos compartilham da mesma porcentagem de contribuição para os casos de infertilidade conjugal, sendo que cerca de 30% se devem a fatores femininos e 30% aos masculinos. Os últimos 40% dos casos de infertilidade estão relacionados a ambos, incluindo também os casos de infertilidade idiopática, ou seja, sem causa aparente.

O diagnóstico do casal deve ser realizado por um profissional da saúde especializado em reprodução humana, que geralmente é um urologista e/ou um ginecologista.

Durante a investigação do casal alguns exames são importantes, como o exame físico e hormonal. Para os homens é adequado a realização do espermograma, e para as mulheres o ultrassom. Outros exames adicionais podem ser aliados na investigação, como contagem de folículos antrais e histerossalpingografia para elas, fragmentação do DNA espermático ou processamento do sêmen para eles, e cariótipo para ambos.

Dentre as principais causas de infertilidade masculina, podemos destacar a varicocele – uma das principais causas tratáveis, pois com a cirurgia de varicocelectomia é possível atingir a reversão desse quadro. Essa condição afeta o calibre das veias testiculares, permitindo que haja um refluxo sanguíneo, que por sua vez, conduz ao processo de estresse celular, prejudicando tanto os gametas quanto o sêmen. Já as mulheres podem ter fator de infertilidade em decorrência de condições como a endometriose, que ocorre quando há crescimento anormal de células de um tecido uterino (endométrio) em outras regiões abdominais, levando a um processo inflamatório intenso e prejudicando a formação e implantação do embrião.

Importante ressaltar que o estilo de vida também pode interferir nos fatores de infertilidade. Obesidade, tabagismo, uso de anabolizantes, obstruções anatômicas do sistema reprodutor e infecções não tratadas são condições de risco. Ter hábitos saudáveis relacionados à boa alimentação, prática de atividades físicas e qualidade de sono são fortemente recomendados durante a tentativa de gravidez ou mesmo durante um tratamento de reprodução humana assistida, por exemplo. Muitas vezes, pequenas mudanças podem trazer resultados positivos para a fertilidade. Por isso, busque sempre profissionais especializados e estar em dia com o check-up da sua saúde.

Brasil Apoio, unidade de negócios para apoio laboratorial da AFIP, lança nova campanha em âmbito nacional

Criação das peças contempla diferenciais como amplo portfólio, logística rápida, segura e rastreável e atendimento personalizado

O Brasil Apoio Medicina Diagnóstica, nova unidade de negócios para apoio laboratorial da AFIP – Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa, acaba de lançar em âmbito nacional sua nova campanha de comunicação. Com a assinatura “Apoio que Impulsiona”, a iniciativa será veiculada até dezembro em revistas, portais, redes sociais e por meio de ações de brand experience nos principais eventos do segmento. Para destacar que a parceria das instituições de saúde com o Brasil Apoio é capaz de impulsionar negócios, as peças e ações trazem como símbolo a águia, ave que voa mais rápido e alto do que qualquer outra. 

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Os anúncios vão trazer a mensagem: “Nós estamos aqui para ajudar você a voar mais alto.” Em seguida os textos destacam características do Brasil Apoio, como a velocidade na retirada das amostras e na entrega dos resultados,  a utilização de tecnologia de ponta e expertise técnica. No final, fazem um convite: “Se você, assim como nós, busca novos horizontes, venha voar com a gente”.

Por ser capaz de voar mais alto e rápido do que as demais aves, a águia foi escolhida como símbolo de força para a marca, com o objetivo de destacar que a parceria com o Brasil Apoio tem o potencial de impulsionar os negócios dos clientes.”, explica Mirian Chiarelli, gerente de Marketing da AFIP.

Talassemias

As talassemias são doenças sanguíneas de etiologia genética que fazem com que os pacientes produzam menos glóbulos vermelhos saudáveis e menos hemoglobina que o normal. Os dois principais tipos de talassemia são Alfa e Beta e base genética das talassemias envolve diferentes genes. Os genes associados às talassemias codificam globulinas e fazem com que a hemoglobina apresente quatro cadeias de proteínas (duas alfa-globinas e duas beta-globinas).

Para a produção de globina alfa são necessários um total de 4 cópias dos genes (ou seja, dois genes, sendo duas cópias de cada gene) que codificam a globulina alfa funcionantes. Esses genes estão localizados no cromossomo 16, estando dois alelos em cada cromossomo (dois no cromossomo 16 materno e dois no paterno). Os pacientes que apresentam talassemia alfa têm mutações nestas cópias de genes e podem apresentar 4 formas da doença:

A talassemia beta, por sua vez, surge com um defeito em uma cópia de gene do cromossomo 11, afetando a produção de globina beta. Este é o tipo mais visto em pacientes com talassemia no mundo e pode ser classificada como:

O diagnóstico das talassemias é geralmente feito por meio de exames de sangue, que incluem hemograma completo com análise de lâminas (os pacientes com talassemia têm menos glóbulos vermelhos saudáveis e menos hemoglobina) e exames especiais de hemoglobina (pacientes com talassemia apresentam problemas nas cadeias alfa e beta globina da hemoglobina). Além disso, a quantidade de ferro no sangue pode ser um sinal de alerta para o diagnóstico. O paciente com talassemia deve seguir seu plano de acompanhamento, fazendo hemogramas completos mensais e testes para níveis de ferro no sangue a cada três meses; testes anuais para função cardíaca, função hepática, infecções virais (hepatite B, C e HIV), investigação do acúmulo de ferro no fígado; testes anuais de visão e audição; exames regulares para garantir o funcionamento das transfusões de sangue; exame de imagem para acompanhar o tamanho do baço. Além disso, por ser uma doença hereditária, estudos genéticos também são importantes para ajudar no diagnóstico preciso da doença. Estes estudos envolvem a junção de um histórico médico familiar com a realização de exames em parentes a partir da coleta de sangue. Os resultados genéticos podem mostrar se algum membro da família tem genes importante para a formação da hemoglobina alterados.

Brasil Apoio patrocina o IV CONGIPLAB BRASIL

O Brasil Apoio é um dos patrocinadores do IV CONGIPLAB BRASIL, organizado pelo Grupo Interior Paulista de Laboratórios (Giplab), que será realizado nos dias 28 e 29 de abril, no Premium Hotel, na cidade de Campinas/SP. O tema deste ano é “Sustentabilidade dos pequenos e médios laboratórios”.

O congresso deverá atrair mais de 1.500 profissionais entre farmacêuticos, biomédicos e gestores técnicos em laboratórios, que poderão participar de uma programação variada composta por mais de 30 palestras de alto nível técnico, fórum de laboratórios, encontro de lideranças e feira de exposição de análises clínicas.

Fundado há nove anos, o Giplab surgiu para proporcionar a troca de experiências e capacitação de profissionais dos laboratórios de análises clínicas no Estado de São Paulo. Atualmente conta com 28 laboratórios associados na região sudeste.

Confira a programação completa do congresso, acessando  https://giplab.com.br/iv-congiplab-2023/

DNA

Medicina de Precisão

A Medicina Convencional utiliza uma abordagem reativa, isto é, tratando as doenças após elas já terem causado sintomas no paciente. Além disso, a medicina convencional é baseada em tratamentos generalizados e padronizados, que têm sua eficácia testada em escala populacional e que funcionam para a maioria das pessoas em um grupo grande de indivíduos.

Por outro lado, a Medicina de Precisão, com base em uma abordagem individualizada, é voltada para a prevenção de doenças e para a aplicação de terapias mais eficientes levando em consideração o perfil específico e as particularidades do organismo de um determinado indivíduo. Essa nova modalidade da medicina tende a proporcionar maior qualidade de vida aos pacientes, pois evita tratamentos mais longos e debilitantes. A medicina de precisão possibilita menores gastos públicos e privados com a saúde, já que é muito mais fácil e barato prevenir doenças do que tratá-las depois que os sintomas já apareceram.

A medicina de precisão é uma abordagem de acompanhamento ou tratamento personalizado ao paciente, com base, principalmente, no seu perfil genético e metabólico. Os recentes progressos em pesquisas na área de genética humana têm sido importantíssimos para a medicina de precisão. Após o Projeto Genoma Humano, que ocorreu de 1990 a 2003, houve um barateamento e uma maior disseminação de técnicas de genotipagem em larga escala, ou seja, técnicas que fazem a leitura de grande parte do código genético do indivíduo. A partir desses estudos, houve grandes avanços nas descobertas de biomarcadores genéticos para muitas doenças e para respostas a diversos medicamentos. Estudar a genética humana também nos permite desenvolver novas técnicas de diagnóstico e terapias. Recentemente, a descoberta do sistema de edição genética por CRISPR e o uso de células-tronco em terapias celulares abriu uma gama de possíveis aplicações para a medicina de predição.

A medicina de precisão pode ser aplicada em diversas áreas e para finalidades diferentes. predição de riscos de doenças, farmacogenética e auto-transplantes.

Predição de riscos de doenças:

A medicina de precisão leva em conta as variantes presentes no DNA de cada indivíduo para predizer se essa pessoa possui um risco genético maior de desenvolver certos problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, câncer, doenças psiquiátricas, entre outros. Atualmente, muitas pesquisas dessa área estão focadas na descoberta de novas variantes genéticas (ou seja, “mutações”) que estejam associadas com doenças e na avaliação das consequências dessas variantes para a saúde dos indivíduos.

Os biomarcadores genéticos têm um importante papel na predição de doenças e tratamentos personalizados. Tratam-se de alterações no genoma que sinalizam a ocorrência ou a maior chance de ocorrência de processos relacionados a doenças. Os biomarcadores genéticos podem ser variações na sequência de DNA ou modificações epigenéticas, que alteram a expressão, a regulação ou o funcionamento dos genes. Por meio deles, é possível predizer o risco de um indivíduo desenvolver doenças no futuro ou como um paciente poderá responder a um determinado tratamento. A predição dos riscos genéticos de se desenvolver doenças é muito útil para que as pessoas obtenham um diagnóstico precoce e preciso, possibilitando, em alguns casos, a prevenção da enfermidade ou a escolha de um tratamento mais assertivo e com menos efeitos indesejados.

Farmacogenética

A Farmacogenética é a área que estuda como as características genéticas de cada pessoa podem influenciar na resposta de seu organismo a um determinado tratamento medicamentoso, como a eficácia e a duração do efeito de um medicamento, ou até mesmo seus possíveis efeitos adversos.

Dessa forma, o objetivo da farmacogenética é possibilitar a oferta de tratamentos personalizados de acordo com as características genéticas de cada indivíduo, de forma a minimizar efeitos colaterais e potencializar o efeito terapêutico.

Autotransplante

Ocorre quando tecidos, órgãos, células ou até mesmo proteínas são transportados de uma parte do corpo de uma pessoa para outra parte do corpo deste mesmo indivíduo (para saber mais sobre transplante, acesse a Edição 46 do Gibi Dona Ciência sobre Imunodeficiências).

O autotransplante, quando possível, geralmente é uma alternativa interessante em relação ao transplante alogênico (ou seja, quando o tecido, órgão ou célula recebidos provêm de outro indivíduo), pois há menores riscos que o paciente tenha rejeição ao transplante.

A possibilidade de se fazer terapias com células-tronco trouxe novas perspectivas para o uso dos autotransplantes. As células-tronco podem ser definidas como células indiferenciadas ou não especializadas. Elas não somente são capazes de originar outras células-tronco, como também se diferenciam em diversos outros tipos de células especializadas. A partir deste processo de diferenciação celular, as células-tronco podem ser utilizadas para restaurar a função de tecidos com danos ou criar novos tecidos in vitro (ou seja, fora de um organismo vivo).


Um dos maiores exemplos de como o CRISPR pode revolucionar a área de saúde é o seu uso em terapia gênica para tratamentos contra o câncer. Uma dessas terapias baseia-se na produção de células CAR-T (do inglês, chimeric antigen receptor T-cell) a partir dos linfócitos T, que são células do sistema imune muito importantes para a defesa do nosso organismo contra agentes desconhecidos. Portanto, as células CAR-T são linfócitos T modificados geneticamente pela técnica de CRISPR e programados para reconhecer e combater células do câncer. Para a realização dessa terapia, os linfócitos T do próprio paciente são transformados em células CAR-T e inseridos novamente em sua circulação sanguínea. Ou seja, as próprias células do paciente são reprogramadas geneticamente para conseguir combater o câncer.

As perspectivas futuras da medicina de precisão estão relacionadas com a predição cada vez mais ampla e específica de doenças e com o crescimento da prevenção e do tratamento personalizados de problemas de saúde em um cenário onde procedimentos inovadores possibilitarão tratar enfermidades com grande impacto na mortalidade da população e que, até então, não possuíam cura.

Calendário da Saúde 2023: Prepare-se para as datas comemorativas deste ano!

Preparamos um calendário anual com as principais datas comemorativas ligadas à área da saúde.

Assim, você planeja e programa o conteúdo on-line e off-line durante todo ano para sua clínica ou laboratório.

Baixe o calendário.

Conteúdo elaborado pelo Marketing

Janeiro Roxo – Conscientização e combate à Hanseníase

A Hanseníase, antigamente chamada de Lepra, é uma doença tropical crônica e negligenciada causada pela infecção pelo Mycobacterium leprae ou M. lepromatosis. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) ocorrem em torno de 200 mil novos casos ao ano, sendo que praticamente 14% destes registros ocorrem em nosso país, o deixando em segundo lugar no ranking dos países com maior número de casos da doença, atrás apenas da Índia. A OMS estima que haja no mundo entre 3 a 4 milhões de pessoas vivendo com incapacidades físicas devido à Hanseníase.

Distribuição geográfica de novos casos de hanseníase (2019) informados pelos programas nacionais de Hanseníase à OMS. Obtido em: https://www.cdc.gov/leprosy/world-leprosy-day/index.html

O início de suas manifestações envolve o aparecimento de manchas na pele e perda de sensibilidade, sendo que a doença afeta principalmente nervos periféricos, pele e os olhos. Seus sintomas se não forem tratados, evoluem para incapacidades físicas irreversíveis, como cegueira e deformidades nos membros. As estratégias atuais de controle da hanseníase dependem do diagnóstico precoce e tratamento imediato para minimizar a morbidade progressiva da doença, assim como a interrupção da transmissão de casos clinicamente ativos.

A compreensão da transmissão da infecção por M. leprae e do processo da patogênese da hanseníase ainda é limitada, sendo que as evidências existentes sobre a transmissão são amplamente circunstanciais devido ao longo período de incubação da exposição à doença, à incapacidade de cultivar o M. leprae in vitro e à dificuldade de diagnosticar tanto a infecção quanto o início da doença hansênica. Estudos mostram que o M. leprae pode ser excretado em grande número pela boca e nariz de pacientes com hanseníase lepromatosa não tratada e, em alguns casos, pela pele, mas não está claro se pacientes com outras formas de hanseníase podem disseminar a bactéria, outros estudos mostraram evidências robustas de transmissão da doença por meio de contato com tatus selvagens. Supõe-se que a principal via de entrada do microrganismo no corpo seja pelo trato respiratório, embora existam estudos de caso sugestivos de transmissão pela pele por feridas e tatuagens.

Adaptado de: PLoS Neglected Tropical Diseases 2020 – Reservoirs and transmission routes of leprosy; A systematic review. Thomas Ploemacher, W. Faber, H. Menke, V. Rutten, T. Pieters: https://pdfs.semanticscholar.org/349e/3e3af8e3eba14fd385915af0c16e436fe1e8.pdf?_ga=2.139369587.1930437263.1673369918-2024870568.1672848329

Existe uma série de fatores que prejudicam o reconhecimento e tratamento precoce da doença a fim de evitar suas complicações e transmissibilidade:

  • Estigma sobre a hanseníase, que permanece forte na maioria das comunidades e inibe muitos indivíduos a procurarem cuidados médicos;
  • Compreensão incompleta de sua transmissão e conscientização sobre a doença em muitas comunidades;
  • Falta de ferramentas para monitorar a eficácia dos medicamentos;
  • Deficiência dos sistemas de saúde em áreas endêmicas.

Considerações sobre o diagnóstico clínico e laboratorial

O diagnóstico da hanseníase é realizado principalmente através do exame clínico, quando se buscam os sinais dermatológicos e/ou neurológicos da doença.

Nenhum exame laboratorial é suficiente para diagnosticar ou classificar a hanseníase. A Intradermorreação de Mitsuda, a baciloscopia e a histopatologia, geralmente, permitem diagnosticar e classificar a forma clínica. Sorologia, reação de imunohistoquímica e reação em cadeia da polimerase (PCR) são técnicas utilizadas principalmente em pesquisas.

  • Baciloscopia, após cuidadoso exame físico do paciente, seleciona-se a(s) área(s) de coleta, preferencialmente lesões, escolhendo-se as mais infiltradas, onde o bacilo encontra-se nas bordas da lesão.
  • Histopatologia, realizada através da biópsia de pele, é considerado o método mais sensível e específico para o diagnóstico. A Reação de imunohistoquímica, empregando anticorpos contra antígenos do Mycobacterium leprae, aumenta a sensibilidade e a especificidade em relação aos métodos convencionais, auxiliando no diagnóstico da hanseníase inicial ou paucibacilar.
  • Reação de Mitsuda, que é um teste de intradermoreação cujo antígeno é a lepromina , onde os Indivíduos com reação de Mitsuda cujo diâmetro é maior que 10mm, ou ulcerada, são geralmente resistentes ao bacilo, e não adoecem. A reação de Mitsuda, portanto, tem seu valor maior relacionado ao prognóstico.
  • Sorologia IgM anti-PGL1, e mais recentemente um teste rápido que foi desenvolvido para ser utilizado em campo, denominado ML-Flow.
  • Identificação molecular de Mycobacterium leprae pela técnica de PCR detecta, quantifica e determina a viabilidade do Mycobacterium leprae. Amplifica sequências do genoma bacilar, identificando o fragmento de ácido desoxirribonucleico ou ribonucleico amplificado. É específica e sensível, podendo ser realizada em várias amostras. Diferentes primers, tamanho dos fragmentos amplificados e técnica de amplificação são fatores que interferem nas taxas de detecção.

Um ponto importante sobre o tratamento é que ao iniciar o uso de antibióticos para combater a doença, o indivíduo infectado deixa de transmiti-la, não sendo necessário portanto seu isolamento ou qualquer tipo de preconceito com pessoas acometidas. Preconceito este que no passado gerou atrocidades com os portadores da doença, como por exemplo entre a década de 40 e até início da década de 80 onde o governo federal capturava os portadores de Hanseníase, os isolava e obrigava a viverem em colônias chamadas “Leprosários”, política que foi reconhecido como crime de estado anos mais tarde.

Este estigma do passado deve ser veemente combatido e a melhor forma de fazer isso é por meio do conhecimento, o que justifica as campanhas de conscientização sobre o tema adotadas pelo ministério da saúde como o “Janeiro Roxo” instituído em 2016 para abordar este tema.

Abaixo listamos 7 perguntas e respostas sobre a Hanseníase obtidas na webpage do Centro para Controle de Doenças e Prevenção americano (CDC):

A Hanseníase é muito contagiosa (fácil de pegar)?

R: A Hanseníase é difícil de pegar. Na verdade, 95% dos adultos não podem contrai-la porque seu sistema imunológico pode combater a bactéria que causa a doença.

A Hanseníase pode fazer com que os dedos das mãos e dos pés caiam?

R: Os dedos não “caem” devido à Hanseníase. A bactéria que causa a doença ataca os nervos dos dedos das mãos e dos pés e os deixa dormentes. Queimaduras e cortes em partes dormentes podem passar despercebidos, o que pode levar a infecção e danos permanentes e, eventualmente, o corpo pode “reabsorver” o membro. Isso acontece em estágios avançados da doença não tratada.

A “Lepra” descrita nos textos históricos é a mesma Hanseníase que conhecemos hoje?

R: A lepra histórica não é a mesma que a Hanseníase moderna. A “lepra” encontrada em textos históricos e religiosos descrevia uma variedade de condições de pele, desde erupções cutâneas e manchas na pele até inchaço. Foi considerado muito contagiosa, o que não é verdade para a doença de Hansen. A lepra histórica também não apresentava alguns dos sinais mais óbvios da hanseníase moderna, como desfiguração, cegueira e perda da sensação de dor.

As pessoas com hanseníase precisam morar em casas especiais isoladas de pessoas saudáveis?

R: As pessoas com hanseníase que estão sendo tratadas com antibióticos podem levar uma vida normal com sua família e amigos e podem continuar a frequentar o trabalho ou a escola.

Você pode pegar Hanseníase ao sentar-se ao lado de alguém que tem a doença?

R: Você não pode pegar Hanseníase por contato casual, como apertar as mãos, sentar ao lado ou conversar com alguém que tem a doença.

Existe cura para a Hanseníase?

R: A Hanseníase pode ser curada com tratamento antibiótico.

Por quanto tempo alguém com hanseníase é “contagiosa”?

R: Uma pessoa não é “contagiosa” após alguns dias do início do tratamento com antibióticos. No entanto, o tratamento deve ser finalizado conforme prescrito (o que pode levar até 2 anos) para garantir que a infecção não volte.

Bibliografia:

A HANSENIASE – https://www.misodor.com.br/HANSENIASE.php

UFPR – Teste sorológico traz novas perspectivas para o diagnóstico da hanseníase – https://www.andifes.org.br/?p=90183

Estimating underreporting of leprosy in Brazil using a Bayesian approach
de Oliveira GL, Oliveira JF, Pescarini JM, Andrade RFS, Nery JS, et al. (2021) Estimating underreporting of leprosy in Brazil using a Bayesian approach. PLOS Neglected Tropical Diseases 15(8): e0009700. https://doi.org/10.1371/journal.pntd.0009700

Mariko Sugawara-Mikami, Kazunari Tanigawa, Akira Kawashima, Mitsuo Kiriya, Yasuhiro Nakamura, Yoko Fujiwara & Koichi Suzuki (2022) Pathogenicity and virulence of Mycobacterium leprae, Virulence, 13:1, 1985-2011, DOI: 10.1080/21505594.2022.2141987

Ploemacher, Thomas, William R. Faber, Henk E. Menke, Victor P.M.G. Rutten and Toine Pieters. “Reservoirs and transmission routes of leprosy; A systematic review.” PLoS Neglected Tropical Diseases 14 (2020): n. pag.

https://pdfs.semanticscholar.org/349e/3e3af8e3eba14fd385915af0c16e436fe1e8.pdf?_ga=2.139369587.1930437263.1673369918-2024870568.1672848329

Leprosy – Updated: Jun 05, 2020 – Author: Darvin Scott Smith, MD, MSc, DTM&H, FIDSA; Chief Editor: Michael Stuart Bronze, MD. https://emedicine.medscape.com/article/220455-overview?reg=1&icd=login_success_email_match_norm#a5

World Leprosy Day: Bust the Myths, Learn the Facts – https://www.cdc.gov/leprosy/world-leprosy-day/index.html

Hanseníase: diagnóstico e tratamento;Joel Carlos LastóriaI, Marilda Aparecida Milanez,Morgado de AbreuII

Universidade Estadual Paulista, Botucatu, Hospital Regional e Universidade do Oeste Paulista, Presidente Prudente

Diagn Tratamento. 2012;17(4):173-9.

Conteúdo elaborado por Thiago Guerino – Gerente de Produto do Brasil Apoio e Dra. Claudia Partel – Coordenadora Médica

Saúde Mental – Biomarcadores para avaliação do Estresse, Ansiedade e Depressão

A campanha nacional intitulada “Janeiro Branco” traz à tona a necessidade de atenção aos cuidados relacionados a Saúde Mental e Emocional das pessoas, ato extremamente pertinente nos dias atuais onde cada vez mais são diagnosticados casos de estresse, ansiedade, depressão e seus decorrentes distúrbios. Pesquisas mostram que a depressão é a segunda doença mais comum no mundo, ficando atrás apenas de doenças cardíacas e estima-se que até 2030 se torne a primeira. À medida que temos cada vez mais acesso aos mais diversos conteúdos e estamos conectados a tudo e a todos, aparentemente esta sobrecarga de informações tem prejudicado nossas mentes, fazendo emergir um número crescente de pessoas diagnosticadas com doenças de origens psicoemocionais.

Esses distúrbios estão intimamente relacionados entre si, eles ocorrem simultaneamente ou seguem um ao outro, sendo que em algum momento apresentam sintomas semelhantes. Estas doenças têm seu diagnóstico pautado principalmente na anamnese clínica, uma vez que os exames laboratoriais habituais têm aplicação reduzida e muitas vezes não contribuem para o esclarecimento das dúvidas do médico que faz o diagnóstico, permitindo o tratamento adequado o mais rápido possível.

 No entanto, há um número crescente de estudos apontando a possibilidade da utilização de marcadores biológicos potenciais, ou biomarcadores, que apresentam alterações consistentes à medida que estes transtornos se desenvolvem, principalmente nos casos de ansiedade, depressão e estresse. Estes marcadores podem ainda, auxiliar o monitoramento da eficácia do tratamento farmacológico prescrito.

Nesse sentido, abordaremos abaixo os principais biomarcadores relacionados a distúrbios psicoemocionais e seus mecanismos de atuação que corroboram essa associação. Para tal, buscamos estudos que utilizaram a saliva como fonte de obtenção destes marcadores biológicos. Esta matriz se mostra ideal uma vez que não coagula, é estável por 24 horas em temperatura ambiente e por uma semana a 4 °C. Seu uso no diagnóstico clínico vem se tornando cada vez mais popular, é barato, não invasivo, indolor e conveniente tanto para crianças pequenas quanto para idosos, traz a comodidade de poder ser coletada na casa do paciente e transportada para o laboratório sem o envolvimento de qualquer equipe médica. A saliva contém muitas substâncias, cuja concentração reflete a saúde de todo o organismo, e pode ser usada na detecção fácil e rápida de alterações patológicas precoces em humanos, sendo possível determinar seus componentes de forma barata usando métodos imunológicos e/ou bioquímicos específicos e sensíveis, como radioimunoensaio (RIA), ensaio imunoenzimático (ELISA), espectrofotometria ou cromatografia.

Biomarcadores salivares associados a distúrbios psicoemocionais:

Cortisol: O cortisol é um hormônio produzido pelo córtex adrenal, principalmente na segunda metade da noite, sendo que seus níveis séricos são mais altos entre 7h e 8h da manhã. Este hormônio ativa o mecanismo de resposta de “luta ou fuga” do corpo, e quando uma pessoa é exposta ao estresse mental ou físico, as glândulas suprarrenais produzem quantidades aumentadas de cortisol, que por sua vez estimula a atividade de outros hormônios do estresse, como adrenalina e noradrenalina; promove a ativação do metabolismo com aumento da energia, incluindo a  liberação de glicose no sangue,  fornecendo ao corpo um impulso adicional de energia para lidar com o estresse da situação. Assim sendo, ele é comumente usado como um marcador biológico de estresse, principalmente estresse agudo. Mas, após exposição prolongada ao estresse, o eixo hipotálamo – pituitário – adrenal (HPA) se torna menos sensível, levando à exaustão e consequente diminuição da produção de cortisol pelas glândulas adrenais. Este conceito foi validado pelos resultados de um estudo com participantes com transtornos de ansiedade de longo prazo, que apresentaram menor produção de cortisol do que em controles saudáveis.

Imunoglobulina A (IgA): As imunoglobulinas, comumente conhecidas como anticorpos, são proteínas responsáveis por respostas específicas do sistema imunológico humano. Os transtornos de ansiedade podem deteriorar o sistema imunológico e, portanto, a produção de imunoglobulinas é alterada em resposta a fatores psicológicos, como humor positivo (aumento) e negativo (diminuição) ou estímulos estressantes (diminuição). A IgA é uma classe de anticorpos encontrado principalmente nas membranas mucosas, incluindo a mucosa oral. Esses anticorpos são frequentemente o principal fator de resposta do corpo ao se deparar com um patógeno ou alérgeno. Fatores psicológicos também podem alterar a concentração de IgA na saliva; por exemplo, um humor positivo causa um aumento do nível, enquanto estímulos negativos e estressantes resultam em uma diminuição. Estudos demonstraram que existe uma forte associação entre estresse percebido, ansiedade e baixos níveis de IgA salivar.

Lisozimas: São proteínas produzidas e liberadas por macrófagos e outros monócitos estando, portanto, circulando nos tecidos e secreções corporais, incluindo a saliva. A lisozima fornece propriedades antibacterianas à saliva e contribui para a defesa antiviral. Alguns estudos mostram concentrações visivelmente mais baixas de lisozima em amostras de saliva coletadas em pessoas passando por um momento de estresse e ansiedade, como por exemplo previamente a realizar uma prova, em contraste, os valores após o período estressor mostraram valores consideravelmente diferentes. Uma correlação negativa entre a concentração de lisozima e a exposição ao estresse também foi demonstrada por outros pesquisadores, que confirmam adicionalmente a teoria de que houve um aumento da suscetibilidade a qualquer infecção durante a exposição ao estresse, sugerindo que a lisozima salivar pode ser útil como um potencial marcador de estresse.

Melatonina: É um hormônio derivado da serotonina, produzido na glândula pineal, cuja principal função é sincronizar o relógio biológico humano com o ciclo diurno e noturno. Sua concentração flutua ao longo do dia, aumentando durante a noite até atingir seu pico por volta das 2 a 4 horas da manhã e diminui gradualmente até as primeiras horas da manhã, quando sua produção é interrompida. Ao permitir a regeneração adequada do corpo humano durante o sono, a melatonina aumenta a resistência a fatores externos (físicos e mentais). Os distúrbios do sono, entre eles dificuldade em adormecer, incapacidade de manter o sono contínuo, resultando em má qualidade do sono ou despertar prematuro, também podem ser causados por estresse crônico, que ao longo do tempo podem ter um efeito negativo na saúde, diminuindo a imunidade, aumentando o risco de hipertensão arterial, doenças cardíacas ou resistência à insulina. Distúrbios do ritmo circadiano (incluindo insônia), que ocorrem frequentemente durante estresse, depressão ou ansiedade, aumentam adicionalmente o nível de estresse mental e aprofundam o estado depressivo. Pesquisadores mostraram que a concentração de melatonina na saliva estava correlacionada com transtornos de ansiedade, sendo que curiosamente, no caso da depressão, essa correlação foi muito mais forte. Outros estudos mostraram uma redução significativa no nível de melatonina na saliva de soldados com transtorno de estresse pós-traumático. Os resultados divulgados pelos cientistas parecem extremamente propícios, portanto, vale a pena expandir a pesquisa científica sobre a melatonina na saliva pois ela pode ser um biomarcador valioso no futuro.

Alfa Amilase Salivar: É a principal enzima digestiva encontradas na cavidade oral, sendo responsável tanto pela hidrólise do amido e do glicogênio quanto pela função imunológica, conferindo proteção à cavidade oral contra infecções. Além disso, a alfa-amilase salivar também é um marcador de resposta a estímulos que ativam o sistema simpático. Seus níveis são mais baixos no início da manhã e se tornam mais altos ao final da tarde. Em resposta ao estresse, há um rápido aumento na concentração de alfa-amilase na saliva, o que pode torná-la um biomarcador significativo no futuro. O estresse agudo ativa o eixo do sistema nervoso simpático, a medula adrenal, que se reflete tanto no nível de alfa-amilase salivar quanto na concentração de Cromogranina A na saliva.

Cromogranina A (CgA): A cromogranina é uma proteína liberada pela medula adrenal e terminações nervosas simpáticas, que pode ser detectada em amostras de saliva. Um aumento notável na absorção de CgA foi encontrado na saliva de animais expostos a uma situação estressante. A CgA salivar foi sugerida por muitos pesquisadores como um biomarcador salivar sensível e promissor para estresse psicossomático. Está provado que um aumento rápido e específico de CgA na saliva humana ocorre em resposta a vários fatores de estresse, como por exemplo, falar em público, disputa esportiva, exposição a ruído, intervenção médica ou dirigir um carro. No entanto, não há relatos sobre o nível de cromogranina A salivar em pessoas com diagnóstico de depressão ou ansiedade. Uma vantagem significativa da determinação da CgA salivar, em comparação com os biomarcadores de estresse na saliva mencionados acima (cortisol, alfa-amilase, IgA), é que os níveis de CgA não são afetados pela hora do dia, embora as concentrações de CgA salivar atinjam o pico logo após acordar, elas diminuem muito rapidamente (em apenas 1 h), permanecendo constantes ao longo do dia.

Fator de Crescimento Fibroblástico 2 (FGFR2): O FGFR2 atua como um mitógeno para diferentes tipos de células encontradas nas glândulas salivares e saliva que estão envolvidas em funções fisiológicas relacionadas à regulação do estresse e neuroregeneração, sendo reconhecido como um regulador endógeno da expressão do medo. Durante estudos em ratos, os pesquisadores provaram que o FGFR2 é um marcador biológico promissor para a suscetibilidade ao estresse e transtornos de ansiedade. Curiosamente, a expressão de medo, medida entre um grande grupo de pessoas saudáveis submetidas a estressores, correlacionou-se negativamente com o nível de FGFR2 medido na saliva. Portanto, ele pode ser usado como um biomarcador de estresse. Além disso, pessoas com um ponto inicial mais baixo de FGFR2 devido à exposição ao estresse podem ter dificuldades psicológicas em lidar com o estresse e, como resultado, serem mais propensas a transtornos de ansiedade.

Biomarcadores salivares e sua relação nos distúrbios psicoemocionais:

No geral, é altamente improvável que um único biomarcador comum para estes transtornos possa ser estabelecido. No entanto, embora o diagnóstico ainda seja amplamente baseado em sintomas clínicos, os biomarcadores salivares apresentam alto potencial para aplicabilidade ao diagnóstico e companhamento de pacientes com distúrbios psicoemocionais como o estresse, ansiedade e depressão.

Referências:

Chojnowska S, Ptaszyńska-Sarosiek I, Kępka A, Knaś M, Waszkiewicz N. Salivary Biomarkers of Stress, Anxiety and Depression. J Clin Med. 2021 Feb 1;10(3):517. doi: 10.3390/jcm10030517. PMID: 33535653; PMCID: PMC7867141.

Łoś K, Waszkiewicz N. Biological Markers in Anxiety Disorders. J Clin Med. 2021 Apr 17;10(8):1744. doi: 10.3390/jcm10081744. PMID: 33920547; PMCID: PMC8073190.

Lab Tests for an Anxious Person? – https://mentalfitnessclinic.com/lab-tests-for-an-anxious-person/

Mental Health – https://www.nhs.uk/mental-health/

About Mental Health – https://www.cdc.gov/mentalhealth/learn/index.htm

Types of mental illness – https://www.healthdirect.gov.au/types-of-mental-illness

Mental health statistics – https://www.mentalhealth.org.uk/explore-mental-health/statistics

Conteúdo elaborado por Thiago Guerino – Gerente de Produto do Brasil Apoio